Se olharmos as cifras das previsões, que as consultorias publicam sobre o volume financeiro que as tecnologias habilitadoras da Transformação Digital como Inteligência Artificial, Realidade Aumentada e Virtual, Robótica, Internet das Coisas, Big Data e Computação na nuvem, irão agregar à economia global até 2030, ficamos realmente abismados com a enorme oportunidade que as empresas têm para criar uma vantagem competitiva e abocanhar uma bela fatia deste mercado.
As pessoas terão remédios individualizados, criados a partir de Inteligência Artificial. O mesmo serve para exames mais baratos, que, a partir de uma gota de saliva, poderão identificar a propensão a diversas doenças.
Na indústria automotiva, teremos os carros autônomos, e na medicina, as cirurgias remotas (potencializadas pelo 5G e realidade aumentada). Na construção civil, as casas acessíveis serão feitas por impressoras 3D, enquanto na educação, uma revolução sem precedentes será possível com a imersão em ambientes virtuais.
Que impactos estas transformações irão proporcionar nas diversas indústrias e no comportamento do consumidor. Por exemplo: se o 5G possibilita uma conexão mais rápida e os sensores conectados (internet das coisas – IOT) aos hábitos de consumo, eu entendo que, em breve, não precisarei fazer compras num supermercado, pois um IOT conectado à minha geladeira indicará os itens que faltam e são do meu consumo. Outro sensor (IOT) conectado às plantas mede a necessidade de água exata que elas precisam para se manterem vivas, ou seja, liberando mais tempo para eu fazer outras atividades. Percebam os impactos que estas tecnologias proporcionam: Se eu não preciso ir ao supermercado, menor trânsito, menos risco de acidente, logo penso: preciso do carro? Preciso pagar seguro? Impacto negativo na primeira derivada das Indústrias pela diminuição de receita: Automobilística (menos carro vendido) e Seguradoras (menos apólice vendida). Agora, vamos olhar sob outro aspecto: Eu tenho tempo mais livre pois não preciso ir ao supermercado nem molhar as plantas, o que eu faço? Impacto positivo na segunda derivada das Indústrias pelo aumento de receita: Consumo (vou ver um filme num canal pago, vou comer em um restaurante, vou ler um livro).
E não é somente as disrupções tecnológicas que causam transformações nas organizações. Vemos outros vetores como o pandêmico. A Covid, por exemplo, acelerou a transformação de muitas áreas como exemplos:
1)saúde: Você imaginava tomar vacina em um drive thru a dois anos atrás? O que você pensaria? É seguro? Hoje, você tem um novo modelo testado e aprovado pelo cliente, ou melhor, pelo paciente;
2)educação: cursos EAD não são novos, mas foram acelerados pela necessidade assim como vários MBAs e outros cursos se popularizaram através de ferramentas online zoom, webex, google meet entre outras.
3)mundo corporativo: muitas empresas, que não adotavam o home office, passaram a operar mais de 80% online ou muitas 100%. E hoje, muitos funcionários não querem voltar ao modelo tradicional. Eles almejam, ao menos, um modelo híbrido
Mas o que fazer quando 2030 chegar? Quantas oportunidades terão passado? Quantas organizações alcançarão suas transformações e se manterão relevantes e quantas não sobreviverão por não estarem atentas às mudanças?
Não espere que a disrupção aconteça para você se mover pois pode ser tarde demais. Comece a transformação agora focando no seu cliente, na dor que ele precisa resolver e crie produtos/serviços para endereçar esta necessidade de forma rápida e alto valor agregado. Monte sua estratégia, comunique-a ao seu time e dediquem-se a executá-la e celebrar os resultados.
Agindo assim, posso garantir que quando 2030 chegar, você não estará pensando nas enormes cifras das oportunidades que você perdeu, você fará parte delas.
Rumo a 2030 com tudo.